quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nascer

Astrônomos ficam maravilhados quando presenciam com seus telescópios super potentes o nascimento de uma estrela - algo raro e, por isso mesmo, cercado de aplausos da comunidade científica.

Obstetras mais sensíveis (ou seriam, sensitivos?) relatam emocionados a energia que sentem envolvendo o neném no exato momento em que ele vem ao mundo - algo sem explicação científica, mas tão forte que não passa despercebido.

Biólogos costumam publicar, animados, as descobertas que fazem de uma nova espécie. Quase sempre são exemplares que já existiam na natureza há séculos, porém a notícia sempre soa como um nascimento: naquele momento nasce uma nova espécie para a humanidade.

Todas as Ciências mencionam, de uma forma ou de outra, momentos mágicos e especiais como se fossem 'nascimentos'. E essa relação é correta e adequada.

Hoje eu presenciei um nascimento. Como não sou astrônoma, não foi de um estrela - apesar do que, o brilho que vi era o de muitas estrelas piscando. Também não sou obstetra - ainda bem, eu diria, pois eu vi nascer uma mulher de 19 anos. E, não sendo bióloga, não se trata de uma nova espécie, mas de um aprimoramento do que sempre foi.

Sou psicóloga e hoje eu vi uma mulher nascer: saiu criança, de pernas pro ar e cabeça buscando ver o mundo de outro jeito. Voltou madura, conectada a si mesma e alinhada com seus propósitos. Nasceu!

E, como todos os meus colegas cientistas, isso me deixa maravilhada. Saber que podemos nascer tantas vezes durante a nossa existência é um presente da Vida. Amadurecer, nos tornarmos mais "eu", nascer para nós mesmos - é uma realidade possível que torna a história de cada um ainda mais bela. Assim como essa história é Bella.

Esse texto é em homenagem ao nascimento da Bella - mais um entre tantos que ela haverá de viver -, porém, o primeiro que eu presenciei. Pura emoção! Como em todo nascimento.